Despedida com chave de ouro!
Projeto de extensão realiza sua última oficina do ano focando na obra de Chico Buarque de Holanda
Juciane Fornal/Comunica
Professor Sérgio iniciando último o encontro do ano do projeto.
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Por Vanessa Pagno (Ciências/UFFS)
Na tarde do último dia 05 de novembro, muitos apaixonados pela música popular brasileira (MPB) se uniram para assistir à última oficina do projeto de extensão “História, Cultura e Poesia das letras na Música Popular Brasileira”, coordenado pelo Professor Dr. Sérgio Massagli.
Após o sucesso das oficinas voltadas para o “Samba”, “Bossa Nova” e “Tropicália”, o projeto decidiu apostar na obra de Chico Buarque de Holanda, grande cantor e compositor brasileiro. Como era de se esperar, este último encontro foi um verdadeiro show, teve de tudo, desde músicas de Chico Buarque até vídeos de obras do cantor, com direito a interpretação da música “Meu refrão”, de Chico Buarque, feita pela acadêmica do curso de Ciências, Ana Paula Ghizzo, acompanhada pelo som de violão tocado pelo comerciante César Detoni.
Após o sucesso das oficinas voltadas para o “Samba”, “Bossa Nova” e “Tropicália”, o projeto decidiu apostar na obra de Chico Buarque de Holanda, grande cantor e compositor brasileiro. Como era de se esperar, este último encontro foi um verdadeiro show, teve de tudo, desde músicas de Chico Buarque até vídeos de obras do cantor, com direito a interpretação da música “Meu refrão”, de Chico Buarque, feita pela acadêmica do curso de Ciências, Ana Paula Ghizzo, acompanhada pelo som de violão tocado pelo comerciante César Detoni.
Juciane Fornal/Comunica
Acadêmica Ana Paula Ghizzo cantando a música “Meu refrão”, de Chico Buarque, acompanhada por César Detoni. |
Para iniciar este encontro o professor Sérgio relembrou brevemente o que já havia sido discutido nas demais oficinas. Logo após, a acadêmica da segunda fase do curso de Letras, Eline Barbosa, discutiu e apresentou a vida e obra de Chico Buarque de Holanda. Ela destacou desde a infância do autor, falando de suas obras, participações em programas de TV, músicas lançadas, entre outros. Também comentou algumas obras de Chico, dentre elas estavam as “Marchinhas de carnaval”, “A banda”, “Disparada”, “Para ver a banda passar”, “Carolina”, “Roda viva”.
Dando continuidade ao encontro, Ivan Lucas Faust, acadêmico da quarta fase do curso de Letras, apresentou o contexto histórico, político e econômico do Brasil, na época da ditadura militar, destacando a repressão que havia e que influenciava nas composições musicais.
Em entrevista ao Comunica, Ivan falou sobre a importância de aprendermos o contexto histórico, social e econômico do Brasil, no período estudado. De acordo com ele, conhecendo este contexto, podemos “interpretar as letras de uma forma mais crítica e isso faz com que ampliamos nosso repertório de conhecimento sobre nossa história e cultura”.
Suane Lucatelli, acadêmica da segunda fase do curso de Letras, passou o vídeo, que faz parte do CD “O grande circo místico”, no qual a música de fundo é “Beatriz”, composição de Chico Buarque, na voz de Milton Nascimento. Ela apresentou também a música “Geni e o Zepelim”, que retrata como a sociedade trata as prostitutas. Para finalizar sua participação, Suane passou um trecho da peça “Opera do malandro”, que é baseada na música de Chico Buarque.
Após todas essas apresentações, houve um debate sobre a música “Construção”, lançada nos períodos mais críticos da ditadura militar e que faz uma crítica às condições precárias em que viviam os trabalhadores da época.
O professor Sérgio encerrou o encontro com “chave de ouro”, fazendo breves colocações sobre o que foi apresentado e destacando que pretende desenvolver esse projeto no ano que vem, no entanto, com algumas modificações. De acordo com o professor, ele pretende fazer parcerias com professores e escolas para que, assim, o projeto possa ser levado para as escolas da região.
Sérgio frisou que, no próximo ano, pretende focalizar o período de redemocratização do Brasil, desde 1980, buscando compreender como a produção musical, articulada a cenários urbanos da época, pode operar uma reconfiguração e reaproximação dos espaços públicos das grandes cidades. Ele ainda destaca que “será uma oportunidade para, dentro de uma evolução histórica, vermos como o rock (Legião, Paralamas, Engenheiros, Barão, Titãs, etc.) se constituiu como veículo principal de catalisação da rebeldia e dos anseios da geração dessa ‘década perdida’”.
Conversamos com a acadêmica Rayanne Ribeiro, da 4ª fase de Medicina Veterinária, que assistiu todas as oficinas do projeto. Ela contou que decidiu participar das oficinas por ser interessante a idéia de haver, na universidade, um projeto que aborda a cultura nacional e os grandes fatos e personalidades que marcaram por décadas a identidade brasileira e que continuam influenciando as novas gerações. Rayanne frisou que foi bom participar de todas as oficinas do projeto, pois elas foram muito bem ministradas pelo professor Sérgio e pelos bolsistas e voluntários, mas ela gostou, em especial, das duas últimas oficinas, sobre a Tropicália e sobre Chico Buarque de Holanda.
Dando continuidade ao encontro, Ivan Lucas Faust, acadêmico da quarta fase do curso de Letras, apresentou o contexto histórico, político e econômico do Brasil, na época da ditadura militar, destacando a repressão que havia e que influenciava nas composições musicais.
Em entrevista ao Comunica, Ivan falou sobre a importância de aprendermos o contexto histórico, social e econômico do Brasil, no período estudado. De acordo com ele, conhecendo este contexto, podemos “interpretar as letras de uma forma mais crítica e isso faz com que ampliamos nosso repertório de conhecimento sobre nossa história e cultura”.
Suane Lucatelli, acadêmica da segunda fase do curso de Letras, passou o vídeo, que faz parte do CD “O grande circo místico”, no qual a música de fundo é “Beatriz”, composição de Chico Buarque, na voz de Milton Nascimento. Ela apresentou também a música “Geni e o Zepelim”, que retrata como a sociedade trata as prostitutas. Para finalizar sua participação, Suane passou um trecho da peça “Opera do malandro”, que é baseada na música de Chico Buarque.
Após todas essas apresentações, houve um debate sobre a música “Construção”, lançada nos períodos mais críticos da ditadura militar e que faz uma crítica às condições precárias em que viviam os trabalhadores da época.
O professor Sérgio encerrou o encontro com “chave de ouro”, fazendo breves colocações sobre o que foi apresentado e destacando que pretende desenvolver esse projeto no ano que vem, no entanto, com algumas modificações. De acordo com o professor, ele pretende fazer parcerias com professores e escolas para que, assim, o projeto possa ser levado para as escolas da região.
Sérgio frisou que, no próximo ano, pretende focalizar o período de redemocratização do Brasil, desde 1980, buscando compreender como a produção musical, articulada a cenários urbanos da época, pode operar uma reconfiguração e reaproximação dos espaços públicos das grandes cidades. Ele ainda destaca que “será uma oportunidade para, dentro de uma evolução histórica, vermos como o rock (Legião, Paralamas, Engenheiros, Barão, Titãs, etc.) se constituiu como veículo principal de catalisação da rebeldia e dos anseios da geração dessa ‘década perdida’”.
Conversamos com a acadêmica Rayanne Ribeiro, da 4ª fase de Medicina Veterinária, que assistiu todas as oficinas do projeto. Ela contou que decidiu participar das oficinas por ser interessante a idéia de haver, na universidade, um projeto que aborda a cultura nacional e os grandes fatos e personalidades que marcaram por décadas a identidade brasileira e que continuam influenciando as novas gerações. Rayanne frisou que foi bom participar de todas as oficinas do projeto, pois elas foram muito bem ministradas pelo professor Sérgio e pelos bolsistas e voluntários, mas ela gostou, em especial, das duas últimas oficinas, sobre a Tropicália e sobre Chico Buarque de Holanda.
Os responsáveis pelo sucesso do projeto
Vanessa Pagno/Comunica
Bolsista, Ivan L. Faust, e voluntárias, Eline Barbosa
e Suane Lucatelli, junto com o coordenador do projeto,
Sérgio Massagli.
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Sérgio Massagli
Em conversa ao Comunica, o professor Sérgio destacou que ficou satisfeito com essa última oficina, pois, de acordo com ele, pode-se constatar que os objetivos do projeto foram atingidos. Entre esses objetivos está um que Sérgio considera muito especial, que, segundo ele, é o de os integrantes do projeto, Ivan, Eline e Suane, terem feito suas apresentações com autonomia e competência. De acordo com ele, essa desenvoltura deve-se a muitas pesquisas, discussões e reflexões realizadas durante os encontros semanais do projeto.
Outro objetivo que ele destaca ter sido atingido foi o de relacionar o conteúdo das letras das músicas ao seu contexto histórico, político e econômico, mostrando, assim, que há muito para aprender sobre a formação da nossa sociedade a partir da nossa tradição musical.
Quanto ao tema da última oficina, Sérgio destacou que a escolha desse tema deu-se em virtude de o projeto pretender apresentar algumas das principais tendências da música popular brasileira do último século, enfatizando alternativas nos anos do regime militar (1964-1984), sendo que a obra de Chico é a mais representativa, pois abrange desde o lirismo amoroso, ao protesto, desde a crítica política à denúncia social.
Sérgio destacou ainda que, de maneira geral, o projeto foi bem sucedido. Ele acredita que “aqueles que participaram de todas as oficinas tiveram acesso a um panorama das principais tendências da música popular brasileira, bem como a um estudo sobre as condições culturais de sua produção”.
Ivan Lucas Faust
Ivan, bolsista do projeto, falou ao Comunica que, desde a primeira oficina, pensou-se na participação dos estudantes do projeto, nas apresentações dos encontros. Segundo ele, dar aulas junto com seu professor orientador é algo diferente. Ele frisou também que, nessa última oficina, percebeu que cresceu muito e que hoje tem uma noção mais ampla sobre o que é apresentar uma aula neste formato. “A gente ensina e também aprende”, destacou.
Ivan nos contou como foi participar desse projeto: “como diz nosso professor Sérgio, agora a gente tem ‘um repertório’ bem rico sobre a nossa identidade. Aprendemos a história e a cultura brasileira de uma maneira bem diferente da tradicional”. Ele ainda destaca que pode participar de apresentações de trabalhos em eventos acadêmicos, só neste ano foram cinco eventos da UFFS nos quais ele apresentou comunicações sobre o que aprenderam no projeto. Ele ainda falou do sucesso que é o blog do projeto, que tem cada vez mais visitantes de vários países. “As oficinas acabaram, mas o blog continua!”, completou.
Ivan nos contou como foi participar desse projeto: “como diz nosso professor Sérgio, agora a gente tem ‘um repertório’ bem rico sobre a nossa identidade. Aprendemos a história e a cultura brasileira de uma maneira bem diferente da tradicional”. Ele ainda destaca que pode participar de apresentações de trabalhos em eventos acadêmicos, só neste ano foram cinco eventos da UFFS nos quais ele apresentou comunicações sobre o que aprenderam no projeto. Ele ainda falou do sucesso que é o blog do projeto, que tem cada vez mais visitantes de vários países. “As oficinas acabaram, mas o blog continua!”, completou.
Eline Barbosa
Eline, voluntária no projeto, nos contou que foi uma honra poder falar de Chico Buarque, poder pesquisar e descobrir tantas obras que o autor fez, não só na música, mas também no cinema, teatro, musicais, livros e artigos. Ela frisou que o que vimos na oficina foi uma pequena parte da grande contribuição que Chico deu para a nossa música e que vale a pena todos pesquisarem para conhecer melhor esse grande nome da MPB.
Eline destacou a importância desse projeto para seu aprendizado: “me ensinou a valorizar muito mais nossa cultura, nossa música, principalmente nestes períodos que trabalhamos, que vai desde o samba, passando pelos anos dourados, anos de chumbo, até chegar nas obras de Chico Buarque”. Ela frisa que foi tão bom participar do projeto, poder estudar e pesquisar que ela pretende estender a pesquisa para a produção de um artigo. “Esse projeto vai deixar muita saudade para todos nós que participamos”, destacou.
Eline destacou a importância desse projeto para seu aprendizado: “me ensinou a valorizar muito mais nossa cultura, nossa música, principalmente nestes períodos que trabalhamos, que vai desde o samba, passando pelos anos dourados, anos de chumbo, até chegar nas obras de Chico Buarque”. Ela frisa que foi tão bom participar do projeto, poder estudar e pesquisar que ela pretende estender a pesquisa para a produção de um artigo. “Esse projeto vai deixar muita saudade para todos nós que participamos”, destacou.
Suane Lucatelli
Suane é voluntária no projeto e nos contou que é um prazer conhecer Chico Buarque e falar sobre ele, pois é de uma importância indiscutível para nossa cultura. Quanto ao trabalho de Chico, Suane destaca que é muito “interessante sua forma de trabalhar assuntos de relevância e polêmicos, como o papel social da mulher, com bom humor, e fazer críticas políticas com uma sutileza e um jeitinho que é só dele”.
Suane frisou que o projeto lhe proporcionou, “além de ampliar o repertório e chamar atenção para outras vertentes da MPB, perceber a relação que há entre música, poesia, pintura, história, política”. A voluntária do projeto ainda destacou que, para ela, “hoje a música já não é mais pura distração, mas fonte de conhecimento, espelho de épocas, descrição de gerações e culturas”.
Após acompanhar, ao longo de todas as oficinas, o sucesso desse projeto, o Comunica percebeu que ele foi de extrema importância para seus participantes e também para nossos leitores que também puderam acompanhar, por meio de nossos textos, esse importante trabalho realizado no projeto. Esperamos que no próximo ano ele consiga envolver ainda mais pessoas e possa crescer cada vez mais, atingindo todos os seus objetivos.
Suane frisou que o projeto lhe proporcionou, “além de ampliar o repertório e chamar atenção para outras vertentes da MPB, perceber a relação que há entre música, poesia, pintura, história, política”. A voluntária do projeto ainda destacou que, para ela, “hoje a música já não é mais pura distração, mas fonte de conhecimento, espelho de épocas, descrição de gerações e culturas”.
Após acompanhar, ao longo de todas as oficinas, o sucesso desse projeto, o Comunica percebeu que ele foi de extrema importância para seus participantes e também para nossos leitores que também puderam acompanhar, por meio de nossos textos, esse importante trabalho realizado no projeto. Esperamos que no próximo ano ele consiga envolver ainda mais pessoas e possa crescer cada vez mais, atingindo todos os seus objetivos.
Fonte: PAGNO, Vanessa. Projeto de extensão realiza oficina voltada para a MPB da década de 60. Realeza: Projeto Comunica. 27 set. 2011. Disponível em: <projetocomunica.blogspot.com/2011/09/projeto-de-extensao-realiza-oficina.html>. Acesso em 30 nov. 2011.
Projeto de extensão realiza oficina voltada para a MPB da década de 60
Vanessa Pagno/Comunica
Professor Sérgio e alunos participantes da oficina "A tropicália" |
Por Vanessa Pagno (Ciências/UFFS)
Após o Samba e a Bossa Nova, é a vez da Tropicália ter seu espaço nas oficinas realizadas no projeto de extensão "História, cultura e poesia através das letras da música popular brasileira", coordenado pelo professor Dr. Sérgio Massagli. O encontro realizado no último dia 17 de setembro de 2011, na UFFS campus de Realeza, esteve voltado para o contexto histórico brasileiro na década de 1960 e para a Música Popular Brasileira da época.
No início da oficina, o professor Sérgio fez uma breve retomada do que já foi estudado, nas oficinas anteriores, sobre o Samba, a Bossa Nova e o contexto histórico que se passava até a década de 60. Logo após, o bolsista do projeto, Ivan Lucas Faust, falou um pouco sobre o contexto político histórico do Brasil na década de 60, ano em que o tropicalismo surgiu no Brasil.
Foi discutido, durante a oficina, o fato de muitos artistas brasileiros, da época, terem organizado passeatas contra a guitarra elétrica, pois afirmavam que, atrás da guitarra, havia muito lixo americano e que, junto com ela, viriam músicas que não faziam parte do que estava acontecendo no Brasil na época. O professor Sérgio destacou, durante a oficina, que "hoje parece ridículo existir uma passeata contra a guitarra, mas que na época fazia muito sentido, embora alguns artistas, como Caetano Veloso, já viam essa passeata como um verdadeiro absurdo".
Como o marco inicial do surgimento do tropicalismo, no Brasil, foram os Festivais da Música Popular de 1967, realizados pela TV Record, assistimos a um vídeo, "Uma noite em 67", que mostra um dos festivais que ocorreram em 67, no qual muitos artistas brasileiros se apresentaram, entre eles estavam Chico Buarque, Caetano Veloso, Sérgio Ricardo, entre outros. Neste festival o público que assistia era bem crítico. Alguns artistas eram muito aplaudidos, outros muito vaiados. Estes nem tinham a chance de mostrar suas músicas, como foi o caso de Sérgio Ricardo que tentou cantar a música "Beto bom de bola", no entanto, diante de tantas vaias acabou perdendo o controle, gritando com o público e jogando o violão sobre a plateia que o assistia. Devido a essa atitude violenta, ele foi desclassificado do festival.
O professor Sérgio salientou, durante o encontro, que esses festivais foram organizados para criar um universo de torcida e de engajamento do público e até brincou dizendo que "parecia torcida de futebol". Ele ainda destaca que aconteciam várias frustrações durante esses festivais, como, por exemplo, o caso de Geraldo Vandré, com sua música "Pra não dizer que não falei das flores", que tem uma melodia muito bonita, mas que, no entanto, ficou em segundo lugar, perdendo para a música "Sabiá" de Chico Buarque e de Tom Jobin. Como a música de Geraldo Vandré era a preferida, o público vaiou o júri.
Durante a oficina, a voluntária Suane Caroline Lucatelli falou um pouco sobre as influências da Tropicália que, segundo ela, foram mais fortes na arte e na antropofagia. "Na arte eram usadas embalagens de comida enlatada, all star, entre outras; eram feitas críticas com ironias ao materialismo e ao consumismo, pois o tropicalismo absorve essa cultura de massa, mas de forma crítica".
Para finalizar o encontro, o professor Sérgio comentou sobre a mensagem passada na letra da música "Tropicália" de Caetano Veloso. De acordo com ele, a letra é bem crítica e aponta dois Brasis, um Brasil moderno, com monumentos, e, por outro lado, um Brasil arcaico, da palhoça, da fome, da miséria. "A letra denuncia a contradição do país, pois ele fala ‘viva a Bossa’, ‘viva o Brasil’, mas por outro lado tem a palhoça, o casebre, o monumento é de papel".
O professor Sérgio ainda convidou a todos para participar da última oficina do projeto, que será em novembro e terá a participação do professor Me. Saulo Gomes Thimóteo. Ele destacou que nela será discutido mais sobre Chico Buarque.
No início da oficina, o professor Sérgio fez uma breve retomada do que já foi estudado, nas oficinas anteriores, sobre o Samba, a Bossa Nova e o contexto histórico que se passava até a década de 60. Logo após, o bolsista do projeto, Ivan Lucas Faust, falou um pouco sobre o contexto político histórico do Brasil na década de 60, ano em que o tropicalismo surgiu no Brasil.
Foi discutido, durante a oficina, o fato de muitos artistas brasileiros, da época, terem organizado passeatas contra a guitarra elétrica, pois afirmavam que, atrás da guitarra, havia muito lixo americano e que, junto com ela, viriam músicas que não faziam parte do que estava acontecendo no Brasil na época. O professor Sérgio destacou, durante a oficina, que "hoje parece ridículo existir uma passeata contra a guitarra, mas que na época fazia muito sentido, embora alguns artistas, como Caetano Veloso, já viam essa passeata como um verdadeiro absurdo".
Como o marco inicial do surgimento do tropicalismo, no Brasil, foram os Festivais da Música Popular de 1967, realizados pela TV Record, assistimos a um vídeo, "Uma noite em 67", que mostra um dos festivais que ocorreram em 67, no qual muitos artistas brasileiros se apresentaram, entre eles estavam Chico Buarque, Caetano Veloso, Sérgio Ricardo, entre outros. Neste festival o público que assistia era bem crítico. Alguns artistas eram muito aplaudidos, outros muito vaiados. Estes nem tinham a chance de mostrar suas músicas, como foi o caso de Sérgio Ricardo que tentou cantar a música "Beto bom de bola", no entanto, diante de tantas vaias acabou perdendo o controle, gritando com o público e jogando o violão sobre a plateia que o assistia. Devido a essa atitude violenta, ele foi desclassificado do festival.
O professor Sérgio salientou, durante o encontro, que esses festivais foram organizados para criar um universo de torcida e de engajamento do público e até brincou dizendo que "parecia torcida de futebol". Ele ainda destaca que aconteciam várias frustrações durante esses festivais, como, por exemplo, o caso de Geraldo Vandré, com sua música "Pra não dizer que não falei das flores", que tem uma melodia muito bonita, mas que, no entanto, ficou em segundo lugar, perdendo para a música "Sabiá" de Chico Buarque e de Tom Jobin. Como a música de Geraldo Vandré era a preferida, o público vaiou o júri.
Durante a oficina, a voluntária Suane Caroline Lucatelli falou um pouco sobre as influências da Tropicália que, segundo ela, foram mais fortes na arte e na antropofagia. "Na arte eram usadas embalagens de comida enlatada, all star, entre outras; eram feitas críticas com ironias ao materialismo e ao consumismo, pois o tropicalismo absorve essa cultura de massa, mas de forma crítica".
Para finalizar o encontro, o professor Sérgio comentou sobre a mensagem passada na letra da música "Tropicália" de Caetano Veloso. De acordo com ele, a letra é bem crítica e aponta dois Brasis, um Brasil moderno, com monumentos, e, por outro lado, um Brasil arcaico, da palhoça, da fome, da miséria. "A letra denuncia a contradição do país, pois ele fala ‘viva a Bossa’, ‘viva o Brasil’, mas por outro lado tem a palhoça, o casebre, o monumento é de papel".
O professor Sérgio ainda convidou a todos para participar da última oficina do projeto, que será em novembro e terá a participação do professor Me. Saulo Gomes Thimóteo. Ele destacou que nela será discutido mais sobre Chico Buarque.
Fonte: PAGNO, Vanessa. A hora e a vez da Bossa. Realeza: Projeto Comunica. 28 jun. 2011. Disponível em: <projetocomunica.blogspot.com/2011/06/hora-e-vez-da-bossa-nova.html>. Acesso em 30 nov. 2011.
A hora e a vez da Bossa Nova
http://www.cultura.gov.br/site/2009/04/24/dia-nacional-da-bossa-nova/
Por Vanessa Pagno
O segundo encontro do projeto de extensão "História, cultura e poesia através das letras da música popular brasileira", que é coordenado pelo Prof. Dr. Sérgio Roberto Massagli, aconteceu na UFFS, no último dia 11 de junho de 2011. Neste projeto são abordados temas da cultura brasileira, através da discussão da Música Popular Brasileira (MPB), ao mesmo tempo em que se busca conhecer os diferentes contextos históricos, políticos e culturais de sua produção.
Neste segundo encontro, o tema abordado foi a Bossa Nova (BN), subgênero musical derivado do samba e muito influenciado pelo jazz, que surgiu no final da década de 1950, no Rio de Janeiro, e se tornou um dos movimentos mais influentes da história da música popular brasileira. Seus principais colaboradores foram João Gilberto e Vinícius de Moraes.
No encontro houve a colaboração de três alunos, o bolsista do projeto, Ivan Lucas Faust, e as voluntárias Suane Caroline Locatelli e Eline Barbosa, que explicaram aos demais presentes assuntos referentes à BN. Entre esses assuntos foram destacados os movimentos políticos que aconteciam no Brasil nesse período, características da BN e as musas da Bossa Nova. Além disso, houve a exibição de um documentário "Coisa Mais Linda: Histórias e Casos da Bossa Nova", que fala principalmente de João Gilberto, que fora um dos grandes nomes da Bossa Nova.
O professor Sérgio comentou que a BN representou uma ruptura com uma música tradicional brasileira, pois se abandonou o estilo operístico, "grandiloquente", de cantar, no qual somente os cantores dotados de uma voz afinada e muito empostada eram considerados aptos. "A Bossa Nova revolucionou o conceito de canto ao mostrar que desafinados também têm um ‘coração’, ou melhor, que notas dissonantes e uma voz em meio tom também são capazes de emocionar, principalmente uma geração nova que não se identificava mais com aquele tipo de música incontida, excessivamente melodramática e, geralmente, falando de fossa, tristeza e desventuras amorosas".
O professor salienta que "se o tom da BN é baixo, o seu astral é alto", pois as letras começaram a falar do sol, do mar, da luz de Copacabana, da garota linda de Ipanema, que era o que os jovens de um novo Brasil, filhos de uma classe média ascendente e universitária, queriam escutar. A BN dá um basta, um "chega de saudade" nas letras melancólicas do Bolero e do Samba Canção. Além disso, dá um salto de qualidade ao abrir-se a influências internacionais como o Cool Jazz e o Bebop, sem se afastar da tradição do Samba. Ele ainda enfatiza: "Quem quiser conferir, ouça João Gilberto".
Em conversa ao Comunica, o professor Sérgio contou que "houve uma evolução em relação ao primeiro encontro, pois o bolsista e as voluntárias mostraram-se mais desenvoltos na exposição dos temas que pesquisaram. Além disso, houve novamente a presença daqueles que participaram do primeiro encontro". Ele acredita que "essas duas oficinas realizadas foram fundamentais para possibilitar um entendimento maior de dois momentos cruciais de nossa história e de nossa cultura musical: a origem e a consolidação do samba como expressão máxima da música nacional, na era Vargas; e a sua projeção internacional com a Bossa Nova, no período JK".
De acordo com Sérgio, as expectativas para o próximo encontro "são as melhores, pois, após seu surgimento e consolidação, a BN entra num estágio de diluição enquanto estilo musical ao mesmo tempo em que, sob sua influência, surgem outros movimentos". No próximo encontro o tema abordado será as novas vertentes pós-Bossa Nova. "Os participantes desse encontro serão estimulados a contribuírem com a letra de uma canção desse período. Serão privilegiados alguns nomes como Geraldo Vandré, Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto Carlos, mas outros nomes são bem-vindos", finaliza o professor.
Em conversa ao Comunica, Daniel Vargas (acadêmico da 3ª fase do curso de Medicina Veterinária) que participou da oficina, declarou que vê esses encontros como muito proveitosos: "Graças a eles estabelecemos uma relação com a cultura musical brasileira, que é tão rica, porém esquecida nos dias de hoje, já que não são tocadas com frequência nos meios de comunicação de massa. Além disso, estes encontros proporcionam um contato direto com o que é produzido aqui no Brasil, com ótimos intérpretes, críticos, compositores, mas que infelizmente só é valorizado lá fora".
O acadêmico ainda salienta que "a forma como o tema é exposto pelo orientador do projeto e pelos alunos colaboradores acaba sendo prazerosa. Esses encontros são muito importantes, pois formamos um elo entre a história política do Brasil e, principalmente, o que fora produzido de arte naqueles períodos (neste encontro, a era dourada)". Ele finaliza comentando que seria interessante a participação de mais acadêmicos da UFFS, "já que quanto maior for o número de participantes, maior serão os saberes e culturas disseminados".
Por Vanessa Pagno
O segundo encontro do projeto de extensão "História, cultura e poesia através das letras da música popular brasileira", que é coordenado pelo Prof. Dr. Sérgio Roberto Massagli, aconteceu na UFFS, no último dia 11 de junho de 2011. Neste projeto são abordados temas da cultura brasileira, através da discussão da Música Popular Brasileira (MPB), ao mesmo tempo em que se busca conhecer os diferentes contextos históricos, políticos e culturais de sua produção.
Neste segundo encontro, o tema abordado foi a Bossa Nova (BN), subgênero musical derivado do samba e muito influenciado pelo jazz, que surgiu no final da década de 1950, no Rio de Janeiro, e se tornou um dos movimentos mais influentes da história da música popular brasileira. Seus principais colaboradores foram João Gilberto e Vinícius de Moraes.
No encontro houve a colaboração de três alunos, o bolsista do projeto, Ivan Lucas Faust, e as voluntárias Suane Caroline Locatelli e Eline Barbosa, que explicaram aos demais presentes assuntos referentes à BN. Entre esses assuntos foram destacados os movimentos políticos que aconteciam no Brasil nesse período, características da BN e as musas da Bossa Nova. Além disso, houve a exibição de um documentário "Coisa Mais Linda: Histórias e Casos da Bossa Nova", que fala principalmente de João Gilberto, que fora um dos grandes nomes da Bossa Nova.
O professor Sérgio comentou que a BN representou uma ruptura com uma música tradicional brasileira, pois se abandonou o estilo operístico, "grandiloquente", de cantar, no qual somente os cantores dotados de uma voz afinada e muito empostada eram considerados aptos. "A Bossa Nova revolucionou o conceito de canto ao mostrar que desafinados também têm um ‘coração’, ou melhor, que notas dissonantes e uma voz em meio tom também são capazes de emocionar, principalmente uma geração nova que não se identificava mais com aquele tipo de música incontida, excessivamente melodramática e, geralmente, falando de fossa, tristeza e desventuras amorosas".
O professor salienta que "se o tom da BN é baixo, o seu astral é alto", pois as letras começaram a falar do sol, do mar, da luz de Copacabana, da garota linda de Ipanema, que era o que os jovens de um novo Brasil, filhos de uma classe média ascendente e universitária, queriam escutar. A BN dá um basta, um "chega de saudade" nas letras melancólicas do Bolero e do Samba Canção. Além disso, dá um salto de qualidade ao abrir-se a influências internacionais como o Cool Jazz e o Bebop, sem se afastar da tradição do Samba. Ele ainda enfatiza: "Quem quiser conferir, ouça João Gilberto".
Em conversa ao Comunica, o professor Sérgio contou que "houve uma evolução em relação ao primeiro encontro, pois o bolsista e as voluntárias mostraram-se mais desenvoltos na exposição dos temas que pesquisaram. Além disso, houve novamente a presença daqueles que participaram do primeiro encontro". Ele acredita que "essas duas oficinas realizadas foram fundamentais para possibilitar um entendimento maior de dois momentos cruciais de nossa história e de nossa cultura musical: a origem e a consolidação do samba como expressão máxima da música nacional, na era Vargas; e a sua projeção internacional com a Bossa Nova, no período JK".
De acordo com Sérgio, as expectativas para o próximo encontro "são as melhores, pois, após seu surgimento e consolidação, a BN entra num estágio de diluição enquanto estilo musical ao mesmo tempo em que, sob sua influência, surgem outros movimentos". No próximo encontro o tema abordado será as novas vertentes pós-Bossa Nova. "Os participantes desse encontro serão estimulados a contribuírem com a letra de uma canção desse período. Serão privilegiados alguns nomes como Geraldo Vandré, Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto Carlos, mas outros nomes são bem-vindos", finaliza o professor.
Em conversa ao Comunica, Daniel Vargas (acadêmico da 3ª fase do curso de Medicina Veterinária) que participou da oficina, declarou que vê esses encontros como muito proveitosos: "Graças a eles estabelecemos uma relação com a cultura musical brasileira, que é tão rica, porém esquecida nos dias de hoje, já que não são tocadas com frequência nos meios de comunicação de massa. Além disso, estes encontros proporcionam um contato direto com o que é produzido aqui no Brasil, com ótimos intérpretes, críticos, compositores, mas que infelizmente só é valorizado lá fora".
O acadêmico ainda salienta que "a forma como o tema é exposto pelo orientador do projeto e pelos alunos colaboradores acaba sendo prazerosa. Esses encontros são muito importantes, pois formamos um elo entre a história política do Brasil e, principalmente, o que fora produzido de arte naqueles períodos (neste encontro, a era dourada)". Ele finaliza comentando que seria interessante a participação de mais acadêmicos da UFFS, "já que quanto maior for o número de participantes, maior serão os saberes e culturas disseminados".
Fonte: SANTOS, Patrícia dos. Deu samba! Realeza: Projeto Comunica. 26 abr. 2011. Disponível em: <projetocomunica.blogspot.com/2011/04/deu-samba.html>. Acesso em: 30 nov. 2011.
Deu samba!
A história, a cultura e a poesia, que fazem morada nas letras da MPB,
são temas de curso promovido por professor da UFFS
são temas de curso promovido por professor da UFFS
Por Patrícia dos Santos
No dia 16 de abril, a Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza foi o ponto de encontro para uma tarde cultural. Alunos da graduação e comunidade participaram da primeira oficina do curso “História, cultura e poesia através das letras da Música Popular Brasileira”, que é coordenado (e ministrado) pelo Prof. Dr. Sérgio Roberto Massagli.
Sob os olhares curiosos do jovem público, Sérgio iniciou sua fala explanando a linha evolutiva da MPB nos séculos XIX e XX, e também sobre a estreita relação existente entre música e poesia. Mas o tema principal da oficina era o samba que, segundo ele, “foi gerado na Bahia e nascido no Rio de Janeiro”.
O tema rendeu muita conversa. Durante a aula os alunos visualizaram a história do gênero, desde a primeira gravação no Brasil, os estilos que o influenciaram (segundo Mário de Andrade), os principais sambistas, as transformações e a influência europeia (no caso a Bossa Nova que, ao unir o jazz e o samba na década de 50, ganhou repercussão internacional). Além disso, foi discutida a relação entre o samba e a malandragem durante a Era Vargas, os malandros na literatura e a politização destes durante o Estado Novo.
A oficina contou com a participação de dois alunos colaboradores no projeto. O bolsista Ivan Lucas Faust, acadêmico da terceira fase do Curso de Letras, fez uma mostra do duelo entre Noel Rosa e Wilson Batista, que teve início em 1933 e rendeu diversas canções para a história da música no Brasil. O aluno comentou a importância que o projeto está tendo na sua formação: “Aprendo muito sobre a história da nossa música, o projeto está ampliando meu conhecimento. A gente passa a entender melhor como a música foi utilizada na história do Brasil para demonstrar características do povo, expressar opiniões e impor regras de conduta”.
A acadêmica da primeira fase do Curso de Letras, Eline Barbosa, voluntária no projeto, apresentou um vídeo que falava sobre o Samba Exaltação e a construção da identidade nacional. Eline falou ao Comunica que se interessou pela iniciativa assim que soube de sua existência. Além disso, comentou a participação do público: “Compareceram pessoas de Realeza e de municípios vizinhos, o que me deixou contente. Ouvi muitos comentários dizendo ‘pena que é só uma vez por mês’”.
Prof. Sérgio Massagli tratou de diversos temas relacionados à história do samba no Brasil. |
Em conversa com o Comunica, o professor Sérgio Massagli, comentou sua abordagem à representatividade da nossa música no exterior, nas figuras de Carmem Miranda e Ary Barroso, que, “com sua Aquarela do Brasil, tornaram-se estereótipos da nossa identidade. Através de filmes produzidos por Hollywood, como os longas-metragens da Disney, o samba, o carnaval, a mulher brasileira e o Rio de Janeiro, que se constituíram em clichês que ainda hoje nos identificam no exterior”.
Falou também sobre esse primeiro contato com os alunos: “Minhas expectativas em relação a nossa primeira oficina foram atingidas. Tivemos um bom público, com alunos dos diversos cursos da UFFS e também da comunidade”. Ao ser questionado sobre a receptividade do público ao tema abordado, foi positivo: “Pareceu-me que o tema (as relações da MPB com o contexto histórico em que as letras são produzidas), desperta um grande interesse e provoca um olhar diferente no papel que a música desempenha como mediador entre a sociedade, a história, a política...”. Finalizou dando uma prévia de como será a próxima oficina: “Iremos ao momento seguinte, que ficou conhecido como "os anos dourados" - a década de 1950. Tentaremos mostrar nessa oficina como a Bossa Nova representou um salto de qualidade na história da música popular brasileira, e a influência que teve e continua tendo nas gerações seguintes”.
A segunda, das quatro oficinas que compõe o curso, está prevista para o dia 18 de junho. É possível acompanhar os temas trabalhados e obter informações sobre horários e certificação através do blog do projeto: http://www.poesiampb.blogspot.com/ ou pelo e-mail: poesiampb@gmail.com .
Falou também sobre esse primeiro contato com os alunos: “Minhas expectativas em relação a nossa primeira oficina foram atingidas. Tivemos um bom público, com alunos dos diversos cursos da UFFS e também da comunidade”. Ao ser questionado sobre a receptividade do público ao tema abordado, foi positivo: “Pareceu-me que o tema (as relações da MPB com o contexto histórico em que as letras são produzidas), desperta um grande interesse e provoca um olhar diferente no papel que a música desempenha como mediador entre a sociedade, a história, a política...”. Finalizou dando uma prévia de como será a próxima oficina: “Iremos ao momento seguinte, que ficou conhecido como "os anos dourados" - a década de 1950. Tentaremos mostrar nessa oficina como a Bossa Nova representou um salto de qualidade na história da música popular brasileira, e a influência que teve e continua tendo nas gerações seguintes”.
A segunda, das quatro oficinas que compõe o curso, está prevista para o dia 18 de junho. É possível acompanhar os temas trabalhados e obter informações sobre horários e certificação através do blog do projeto: http://www.poesiampb.blogspot.com/ ou pelo e-mail: poesiampb@gmail.com .